quarta-feira, 30 de abril de 2008

Caso Isabella: Pauta para um romance

Depois do dia 29 de março de 2008, é difícil encontrarmos alguém nas ruas da cidade, ou mesmo do país e até fora dele, que não saiba sobre o ocorrido com a pequena de 5 anos de iadde na Zona Norte de SP e, conseuqentemente, dê sua opinião sobre o caso.

Com repercurssão cinematográfica, o caso, tomou uma proporção que me chama a atenção. São inúmeros repórteres, helicópteros, coberturas ao vivo, etc.

Tal repercurssão, vem me impressionando, e me pergunto a cada dia, o que teria tornado tal caso, tão em evidência, deixando desfocado, por exemplo, um caso que viera à tona poucos dias antes da morte de Isabella, como o da "patroa" que utilizava-se de menores como escravas e objetos de seu sadismo, torturando-as psicologicamente e fisicamente.

Sem dúvida, o caso Isabella requer indignação... Mas e as tantas outras crianças que são vítimas de abuso sexual, agressões físicas por muitas vezes, irreversíveis, negligência, agressão psicológica e homicídio? Estima-se que pelo menos, duas crianças por dia são assassinadas, sendo que, grande parte dos agressores, estão dentro de suas casas, nomeados principalmente de, mãe e pai.

Mas o caso Isabella tomou a proporção digna de um romance, fosse ele, policial, familiar, psicológico. Não se tornou incomum entre nós, acordarmos e, ao ligarmos a TV ou, o rádio ou, abrirmos um jornal, nos depararmos com reportagens ao vivo, ou páginas sobre "novidades" do caso, que é acompanhado como um "reality show" pela população.

Tanta é a preocupação das pessoas com a menina, que pessoas vão fantasiadas à delegacia e residência dos familiares dos envolvidos no caso... Seria isso preocupação com a justiça?!? Uma criança foi morta, e a população exige justiça fantasiadas pela rua...e a mídia faz toda a cobertura... E vai além: Populares escrevem cartazes chorando SAUDADES da menina...

Sem sombra de dúvida, a indignação perante uma morte prematura e, indecisa, já que desvendaa a verdade do caso, não está sendo fácil, aumenta expectativas, fantasias e muita repercussão...Mas por quê?

Penso, que infelizmente, as pessoas ainda relutam em acreditar que grandes agressores estão debaixo de um mesmo teto e, muitas vezes, agem impulsivamente e nem se dão conta da gravidade do que cometeram...

Na experiência clínica, crianças "bem tratadas", sorridentes e fotografadas sorrindo, geralmente são grandes vítimas, pois ora, creio ser difícil tirarmos fotos chorando, ou tristes e, se o fazemos, não mandaremos para a mídia. Coloco ainda, que, a condição financeira permite falarmos destas crianças vítimas, no entanto, quando pensamos em condições mais humildes, nem mesmo temos conhecimento das brutais condições que muitas crianças enfrentam DIARIAMENTE, pois parece existir um certo "conformismo" ou justificação para as crianças pobres, fato que parece não ser aceito na classe média, pois é fato escutarmos estes tipos de frases: "Tinha tudo...e fez isso". "Era tão linda..." dando a netender que se não tivesse nada, ou se não fosse tão bela, poderia justificar certos tipos de atos?!?!

Quero aqui, deixar minha indignação, não somente contra o assassinato de uma criança indefesa, mas da frase que é colocada na mídia: "Justiça" como protesto, quando na verdade, muito mais é do que uma forma, muitas vezes inescrupulosa de aparecer, eu diria até mesmo, irresponsável, pois não foram poucas as vezes, que escutei "Sou pai de família, estou aqui pedindo justiça" (isso, às masi de 23 hs...), seria muito mais justo, ele, que é pai de família, estar com os filhos neste horário... ou pior, no meio de toda aquela, algazarra, bebês de colo!!! Sabemos que houve tumulto e brigas...Então, o que faz um pai e/ou uma mãe com seu bebê de colo ali!?!?

"Estrelinha" são as milhares de crianças que sofrem diariamente com a violência no país e, não tem a menor chance de pedir socorro, seja por ameças, chantagens ou mesmo, mais agressões...

Concordo em nos apoiarmos no caso de Isabella para, sim, podermos olhar melhor diante de nossos próprios atos, frente a todas as crianças, das sorridentes às tristes, das belas às não belas, das ditas "indefesas" como as ditas "não tão indefesas"... E deixarmos de querer ser "Estrela" diante da TV apoiados no sofrimento de todas as famílias envolvidas.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O que é o amor?

Está ai uma pergunta que todos um dia sentirão ou, ainda vão sentir. Falo do amor entre casais; Entre amigos; Sexual; Fraternal...

Não é de estranhar o número crescente de pessoas procurando ajuda devido a dor da perda de um amor... Uma dor sem lugar e, ao mesmo tempo, uma dor que corróio todo o corpo... E, então, fica para todos nós a pergunta: "O que é o amor?"

O amor...Que começa entre "mãe e bebê" e corre conosco durante o percurso de nossas vidas, como uma busca desenfreada pela felicidade.

Já desde o nosso nascimento, podemos ver "ele" nos olhos das outras pessoas que, aos poucos vai tomando forma para nós com os cuidados e carinhos que recebemos dessas outras pessoas...Aquele olhar...




Aquela investida que arranca de nós um primeiro sorriso...



Aquele toque que nos acalma e nos traz uma segurança inexplicável...




Na ausência delas, então, começamos a sentir aquela dor de medo, angústia e desamparo... Que mais tarde sentimos na perda daquela pessoa especial a qual chamaremos de companheiro (a)...




Todas as nossas investidas foram por água abaixo... E a dor advinda desse sentimento de frustação, unido com a ausência e sentimento de perda total... traz uma dor única...

Mas o que é esse tal de "amor"? O que nos leva, entre tantas pessoas que passam por nós, todos os dias... uma delas simplesmente revelar em nós nossas fraquezas? Aquele olhar diferenciado...




E então, uma palavra que nos leva a transmitur um sorriso e por fim um toque único... Capaz de estremecer nossos eixos...





E se não mais estiver presente... É aquela sensação que falei há pouco: Dor de medo, angústia e desamparo...





Semelhanças com o nascimento... A dor do amor a dois também nos orienta à um crescimento...

Assim como precisamos aprender a entender que nossos cuidadores iniciais nos deixam; Seja por motivos como, trabalho, lazer ou morte... Aquele companheiro também o faz...ou poderá fazer um dia... E, lidar com todas essas "lições", faz parte do amor: Do amor pelo "outro" e do amor próprio...

Digo "amor próprio" para que essa busca seja constante e incansável... Serão tantos olhares... Tantos sorrisos, Tantos toques... Mas algumas lágrimas... Muitas escolhas... E, talvez, poucas respostas que, somente você pode trazer e mudar o sentido.
Se te perguntarem se já amou, pense em cada olhar... Em cada sorriso... Em cada toque... Em cada aprendizado.



Não se esforce traduzindo o amor: sinta.
Não se perca na busca do amor: olhe.
Não se abandone por um amor: acompanhe-o.
Não se culpe por um amor: julgue-o.
Não se paralize na manutenção do amor: continue.
E... Simplesmente não desista do amor: viva!


"Alcançar a felicidade pode levar uma vida...portanto, aproveite cada minuto dos seus dias, porque pode demorar à chegar..."