quarta-feira, 3 de março de 2010

Ansiedade, um mal atual?


Parece cada vez mais claro que com tanta "pressão" do meio em que vivemos, cada vez mais, adultos, jovens, ou mesmo crianças estão com o problema da ansiedade.

A cobrança excessiva por estudos, novas línguas, internet e a sofisticação tecnológica que muda mensalmente, a estética e os padrões de beleza, etc... tudo isso, somado a muito trânsito, enchentes, desmoronamentos, terremotos, furacões... Resultado: Estresse, ansiedade...


Cabe saber até que ponto a sua ansiedade estaria ou não, dentro da normalidade.

Um profissional da saúde é capaz de lhe ajudar nesse sentido mas, é bom ficar atenta à alguns sintomas, como: Taquicardia, falta de ar, tontura, dormência nas mãos e/ou pés, termores, dores estomacais, sudorese, fraqueza, insônia, sensação de medo, sensação de sufocamento, boca seca, etc.

Esses sintomas, com intensidade forte e frequência constante de aparecimento, podem ser indicadores de um transtorno de ansiedade. Se os sintomas causam intenso sofrimento e/ou prejuízo social (ausências escolares, profissionais, isolamento, dificuldade em sair de casa, no lazer ou com amigos), fique ainda mais atento e procure ajuda médica e psicológica.


Os tratamentos para a ansiedade envolvem em alguns casos, interação medicamentosa para diminuir os fortes sintomas acima, que acabam impedindo o paciente de manter uma vida normal. O tratamento psicológico, envolve estruturar o pensamento do paciente para a racionalidade, promovendo um maior auto-controle, e retomada das atividades antes praticadas com normalidade.



quarta-feira, 30 de abril de 2008

Caso Isabella: Pauta para um romance

Depois do dia 29 de março de 2008, é difícil encontrarmos alguém nas ruas da cidade, ou mesmo do país e até fora dele, que não saiba sobre o ocorrido com a pequena de 5 anos de iadde na Zona Norte de SP e, conseuqentemente, dê sua opinião sobre o caso.

Com repercurssão cinematográfica, o caso, tomou uma proporção que me chama a atenção. São inúmeros repórteres, helicópteros, coberturas ao vivo, etc.

Tal repercurssão, vem me impressionando, e me pergunto a cada dia, o que teria tornado tal caso, tão em evidência, deixando desfocado, por exemplo, um caso que viera à tona poucos dias antes da morte de Isabella, como o da "patroa" que utilizava-se de menores como escravas e objetos de seu sadismo, torturando-as psicologicamente e fisicamente.

Sem dúvida, o caso Isabella requer indignação... Mas e as tantas outras crianças que são vítimas de abuso sexual, agressões físicas por muitas vezes, irreversíveis, negligência, agressão psicológica e homicídio? Estima-se que pelo menos, duas crianças por dia são assassinadas, sendo que, grande parte dos agressores, estão dentro de suas casas, nomeados principalmente de, mãe e pai.

Mas o caso Isabella tomou a proporção digna de um romance, fosse ele, policial, familiar, psicológico. Não se tornou incomum entre nós, acordarmos e, ao ligarmos a TV ou, o rádio ou, abrirmos um jornal, nos depararmos com reportagens ao vivo, ou páginas sobre "novidades" do caso, que é acompanhado como um "reality show" pela população.

Tanta é a preocupação das pessoas com a menina, que pessoas vão fantasiadas à delegacia e residência dos familiares dos envolvidos no caso... Seria isso preocupação com a justiça?!? Uma criança foi morta, e a população exige justiça fantasiadas pela rua...e a mídia faz toda a cobertura... E vai além: Populares escrevem cartazes chorando SAUDADES da menina...

Sem sombra de dúvida, a indignação perante uma morte prematura e, indecisa, já que desvendaa a verdade do caso, não está sendo fácil, aumenta expectativas, fantasias e muita repercussão...Mas por quê?

Penso, que infelizmente, as pessoas ainda relutam em acreditar que grandes agressores estão debaixo de um mesmo teto e, muitas vezes, agem impulsivamente e nem se dão conta da gravidade do que cometeram...

Na experiência clínica, crianças "bem tratadas", sorridentes e fotografadas sorrindo, geralmente são grandes vítimas, pois ora, creio ser difícil tirarmos fotos chorando, ou tristes e, se o fazemos, não mandaremos para a mídia. Coloco ainda, que, a condição financeira permite falarmos destas crianças vítimas, no entanto, quando pensamos em condições mais humildes, nem mesmo temos conhecimento das brutais condições que muitas crianças enfrentam DIARIAMENTE, pois parece existir um certo "conformismo" ou justificação para as crianças pobres, fato que parece não ser aceito na classe média, pois é fato escutarmos estes tipos de frases: "Tinha tudo...e fez isso". "Era tão linda..." dando a netender que se não tivesse nada, ou se não fosse tão bela, poderia justificar certos tipos de atos?!?!

Quero aqui, deixar minha indignação, não somente contra o assassinato de uma criança indefesa, mas da frase que é colocada na mídia: "Justiça" como protesto, quando na verdade, muito mais é do que uma forma, muitas vezes inescrupulosa de aparecer, eu diria até mesmo, irresponsável, pois não foram poucas as vezes, que escutei "Sou pai de família, estou aqui pedindo justiça" (isso, às masi de 23 hs...), seria muito mais justo, ele, que é pai de família, estar com os filhos neste horário... ou pior, no meio de toda aquela, algazarra, bebês de colo!!! Sabemos que houve tumulto e brigas...Então, o que faz um pai e/ou uma mãe com seu bebê de colo ali!?!?

"Estrelinha" são as milhares de crianças que sofrem diariamente com a violência no país e, não tem a menor chance de pedir socorro, seja por ameças, chantagens ou mesmo, mais agressões...

Concordo em nos apoiarmos no caso de Isabella para, sim, podermos olhar melhor diante de nossos próprios atos, frente a todas as crianças, das sorridentes às tristes, das belas às não belas, das ditas "indefesas" como as ditas "não tão indefesas"... E deixarmos de querer ser "Estrela" diante da TV apoiados no sofrimento de todas as famílias envolvidas.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O que é o amor?

Está ai uma pergunta que todos um dia sentirão ou, ainda vão sentir. Falo do amor entre casais; Entre amigos; Sexual; Fraternal...

Não é de estranhar o número crescente de pessoas procurando ajuda devido a dor da perda de um amor... Uma dor sem lugar e, ao mesmo tempo, uma dor que corróio todo o corpo... E, então, fica para todos nós a pergunta: "O que é o amor?"

O amor...Que começa entre "mãe e bebê" e corre conosco durante o percurso de nossas vidas, como uma busca desenfreada pela felicidade.

Já desde o nosso nascimento, podemos ver "ele" nos olhos das outras pessoas que, aos poucos vai tomando forma para nós com os cuidados e carinhos que recebemos dessas outras pessoas...Aquele olhar...




Aquela investida que arranca de nós um primeiro sorriso...



Aquele toque que nos acalma e nos traz uma segurança inexplicável...




Na ausência delas, então, começamos a sentir aquela dor de medo, angústia e desamparo... Que mais tarde sentimos na perda daquela pessoa especial a qual chamaremos de companheiro (a)...




Todas as nossas investidas foram por água abaixo... E a dor advinda desse sentimento de frustação, unido com a ausência e sentimento de perda total... traz uma dor única...

Mas o que é esse tal de "amor"? O que nos leva, entre tantas pessoas que passam por nós, todos os dias... uma delas simplesmente revelar em nós nossas fraquezas? Aquele olhar diferenciado...




E então, uma palavra que nos leva a transmitur um sorriso e por fim um toque único... Capaz de estremecer nossos eixos...





E se não mais estiver presente... É aquela sensação que falei há pouco: Dor de medo, angústia e desamparo...





Semelhanças com o nascimento... A dor do amor a dois também nos orienta à um crescimento...

Assim como precisamos aprender a entender que nossos cuidadores iniciais nos deixam; Seja por motivos como, trabalho, lazer ou morte... Aquele companheiro também o faz...ou poderá fazer um dia... E, lidar com todas essas "lições", faz parte do amor: Do amor pelo "outro" e do amor próprio...

Digo "amor próprio" para que essa busca seja constante e incansável... Serão tantos olhares... Tantos sorrisos, Tantos toques... Mas algumas lágrimas... Muitas escolhas... E, talvez, poucas respostas que, somente você pode trazer e mudar o sentido.
Se te perguntarem se já amou, pense em cada olhar... Em cada sorriso... Em cada toque... Em cada aprendizado.



Não se esforce traduzindo o amor: sinta.
Não se perca na busca do amor: olhe.
Não se abandone por um amor: acompanhe-o.
Não se culpe por um amor: julgue-o.
Não se paralize na manutenção do amor: continue.
E... Simplesmente não desista do amor: viva!


"Alcançar a felicidade pode levar uma vida...portanto, aproveite cada minuto dos seus dias, porque pode demorar à chegar..."

quinta-feira, 28 de junho de 2007

SÍNDROME DO PÂNICO NA ATUALIDADE


A prática clínica trouxe uma infeliz surpresa enquanto psicóloga: Um número considerável de jovens acometidos pelo Transtorno de Pânico.

Tal transtorno, usualmente chamado na mídia por Síndrome do Pânico*, trata-se de um tipo de transtorno de ansiedade, caracterizado por recorrentes crises de ansiedade, contendo alguns dos sintomas:
- medo intenso
- tremores, sudoreses,
- sensação de falta de ar
- tontura
- intensa ansiedade
- pensamento de que está morrendo ou vivendo um ataque (cardíaco, enfarto...)

De acordo com o DSM-IV (
www.psiqweb.med.br) um Ataque de Pânico é representado por um período distinto no qual há o início súbito de intensa apreensão, temor ou terror, freqüentemente associados com sentimentos de catástrofe iminente. Durante esses ataques, estão presentes sintomas tais como falta de ar, palpitações, dor ou desconforto torácico, sensação de sufocamento e medo de "ficar louco" ou de perder o controle. A Agorafobia é a ansiedade ou esquiva a locais ou situações das quais poderia ser difícil (ou embaraçoso) escapar ou nas quais o auxílio poderia não estar disponível, no caso de ter um Ataque de Pânico ou sintomas tipo pânico. O Transtorno de Pânico Sem Agorafobia é caracterizado por Ataques de Pânico inesperados e recorrentes acerca dos quais o indivíduo se sente persistentemente preocupado. O Transtorno de Pânico Com Agorafobia caracteriza-se por Ataques de Pânico recorrentes e inesperados e Agorafobia.

Fazendo um paralelo do crescimento dos casos da doença com a nossa atualidade, cito a pressão da sociedade diante da necessidade dos jovens em serem “os melhores” em diversas áreas. Desde jovens, são comuns essa pressão e superestimulação por parte dos pais e/ou sociedade geral: aulas de inglês, espanhol, lutas/danças, computação, etc. Não que estimular ou investir conhecimento nos jovens seja algo ruim, mas a forma como tal necessidade vêm sendo encarada é preocupante.
O que parece existir, é cada vez mais uma preocupação em desenvolver pequenos gênios através de estímulos estressantes; as brincadeiras infantis vêm sendo substituídas por jogos solitários em microcomputadores sofisticados, e os pais não se dão conta de que as brincadeiras rústicas são as grandes aliadas de um desenvolvimento saudável e precursor.
As próprias crianças da atualidade vêm percebendo sua responsabilidade muito antes do que realmente deveria senti-la de fato. São inúmeras lições dos diversos cursos, diversas provas que as testam, e diversas frustrações que por vezes encaram em estágios precoces de desenvolvimento.
Um pouco mais velhas, na adolescência, a pressão é ainda maior. Já não bastasse a fase de transformação física e psíquica difícil que enfrentam, ainda precisam encarar a escolha profissional (faculdade), primeiro emprego, namoros, etc. E como sabemos, para todos esses aspectos, não é fácil obter êxito em todos. Como por exemplo, a escolha do curso pode ou não ser favorável a opinião dos pais, assim como, pode ou não estar vinculada à uma imagem de bons lucros futuros, o que aumenta a dúvida do jovem que parece “ser obrigado’ a optar naquele momento; o primeiro emprego é outra tarefa carregada de medos e ansiedades: é o primeiro emprego, mas muitas vezes as entrevistas exigem experiência, cursos disso e daquilo...mais uma vez o jovem encontra-se pressionado e frustrado; O namoro mexe com o emocional de forma violenta: a aparência (algo implantado na mídia como obrigação de um ser humano em seguir um padrão), a sexualidade, as dúvidas, ciúmes, discussões, etc.
Resumidamente percebemos que crescer não é tarefa fácil e parece que a pressão social vem ajudando em um aumento de ansiedade e dessa forma, um dos possíveis princípios para também, um aumento de transtornos de ansiedade.
Claro que não são fatores isolados. Pesquisas são necessárias para embasamento dessas hipóteses, e a verificação de um histórico de vida individual também é fundamental em qualquer diagnóstico. No entanto, fica aqui este tópico para pensarmos que sociedades estamos querendo futuramente.
* A síndrome e o transtorno são constituídos pelo conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença. Enquanto não se identifica a doença, esse conjunto de sinais e sintomas é chamado de síndrome. No momento em que se define a doença, o quadro passa a ser chamado de transtorno.

terça-feira, 26 de junho de 2007

26 de Junho - Dia mundial de combate às drogas

"Acreditamos saber que existe uma saída, mas não sabemos onde está. Não havendo ninguém do lado de fora que nos possa indicá-la, devemos procurá-la por nós mesmos. O que o labirinto ensina não é onde está a saída, mas quais são os caminhos que não levam a lugar algum."

Norberto Bobbio

quarta-feira, 2 de maio de 2007

O mito da Tarja Preta



Quem nunca se deparou com a frase: “Estou tomando medicamentos fortes... de “tarja preta” (...).Parece que a cada dia, vêm crescendo mitos em tornos de medicamentos controlados, principalmente àqueles direcionados à saúde mental.
Erroneamente, pessoas julgam a tarja preta como algo relacionado ao “forte” e perigoso, ou ainda, acrescentam que a tal “tarja maligna” esta presente em substâncias que, na verdade não o são, como no caso, os antidepressivos.
O que ocorre, é uma generalização de medicamentos psiquiátricos, como drogas perigosas e causadoras de dependência. Esclarecendo: Os medicamentos com a “tarja preta”, são medicamentos que, se ingeridos em excesso, podem causar dependência, daí, a necessidade da retenção da receita médica. Como exemplo de tais substâncias, temos alguns anorexígenos (medicamentos para emagrecer) e ansiolíticos (os chamados, “calmantes”).Já os antidepressivos, possuem a tarja vermelha, que também é necessária uma retenção da receita médica, no entanto, diferente dos classificados como tarja preta. O que é freqüentemente observado, é que há um mau uso da palavra, pois diversos medicamentos direcionados para ansiedade e afins, são chamados de antidepressivos.Erroneamente, grande parte da população, acredita que as substâncias da tarja preta são maléficas à saúde, enquanto que demais drogas, seriam mais “leves”. Na verdade, todos os medicamentos podem causar efeitos colaterais e sérios riscos à saúde caso sejam consumidos sem prescrição médica e de forma abusiva.
Cabe aqui, pensarmos, o quanto este mito da tarja preta, interfere no processo de tratamento e “cura” de pacientes que, por vezes, resistem ao tratamento temendo tornarem-se dependentes químicos, ou ainda, que acreditam estar extremamente doentes, e por isso necessitam dos medicamentos de tarja preta.Para saber mais sobre a classificação de medicamentos e tipos de restrições e cores nas embalagens, visite o site do Centro de Vigilância Sanitária: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/reg_farm.asp

terça-feira, 1 de maio de 2007

Pai da Psicanálise???


Sigmund Freud nasceu a 6 de maio de 1856 em Freiberg, Moravia, no império austro-húngaro (hoje Pribor, Checoslováquia). filho de Jacob Freud, um comerciante judeu, e de sua jovem segunda esposa Amalia Nathanson.
Aos 4 anos,mudou-se para Viena devido problemas financeiros.
Freud inicia os estudos na universidade aos 17 anos. Em 1877, desapontado com os resultados e talvez menos excitado em enfrentar mais dissecações de enguias, Freud vai ao laboratório de Ernst Brücke, que torna-se seu principal modelo de ciência. Foi com as discussões de casos clínicos com Breuer , um amigo próximo da éoca de faculdade, que surgiram as idéias que culminaram com a publicação dos primeiros artigos sobre a psicanálise.
Freud abrangeu seu olhar diante da sexualidade infantil, a descoberta do
Ics, histeria, uso de cocaína, hipnose, complexo de Édipo, etc.
Até hoje, Freud é um marco na área da Psicologia diante de sua descobertas e explicações, com inúmeros discípulos.